AMEC foi um exemplo na formação de jogadores que a FMF transmitiu à sociedade

Na história do futebol nacional, várias são as acções ou registos que ficam nas actas e até na retina de quem trabalha e ou acompanha este fenómeno desportivo

 

Depois do tempo que "apagou" os frutos e focos de formação de jogadores, por razões de vária ordem, novos tempos chegaram com outras exigências contra a debilidade de condições por força da conjuntura sócioeconómica.

 

Em 2002, a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) assumiu um papel catalisador na área de formação de jogadores de futebol com a construção da Academia Mário Esteves Coluna, em Namaacha infraestrutura foi inaugurada pelo então Presidente da FIFA, Joseph Blatter.

 

A ideia da FMF era simples e clara: impulsionar aos demais actores a apostarem na formação, nomeadamente, clubes, e outros agentes autorizados a "lapidar" talentos espalhados pelo país fora para servir ao futebol nacional, nomeadamente, clubes, selecções nacionais e ao futebol estrangeiro.

 

Com todas as condições criadas, a Academia Mário Esteves Coluna (AMEC) formou 130 jogadores de 14 a 16 anos, em quatro grupos diferentes.

 

O primeiro grupo de 25 petizes foi formado de 2004-2006; o segundo (34) de 2008-2010; o terceiro (35) de 2011-2014 e o quarto (36) de 2015-2018. O processo de formação foi interrompido por um ano (2007).

 

Agora a AMEC vai entrar na fase de transformação em Centro de Alto Rendimento sob gestão do Comité Olímpico de Moçambique.

 

Enquanto o processo decorre os seus trâmites legais, Estevão Acácio Matsinhe é o nome associado àquele recinto, ainda pertencente a FMF, assumindo funções de Director Executivo.

 

Formado em Gestão Desportiva, pela Universidade Pedagógica de Maputo, Matsinhe é o homem certo no lugar certo que tem a história da AMEC em suas mãos.

 

Em razão de estar em fase de transformação, ouvimos o ainda Director que deixou observações relevantes, quer dos resultados obtidos, quer na medida agora tomada pela FMF em dar novo passo ao permitir que uma outra entidade também desportiva produza frutos para o desporto nacional.

 

"Gerir a AMEC foi uma grande experiência na qual ficaram marcas indeléveis de trabalho intenso, de dia após dia”.

 

Estevão Matsinhe reconhece que apesar da sua bagagem académica ligada à gestão não foi fácil, mas sublinha que foi interessante trabalhar com jovens de diferentes culturas a tempo inteiro.

 

"É verdade que a minha formação ajudou-me muito, sobretudo na gestão das infraestruturas, minha especialidade, mas também aprendi e consegui no terreno a Gestão de Recursos Humanos. Contando, com o suporte total da FMF e do pessoal de apoio fizemos o acompanhamento dos meninos, desde os treinos, jogos, e o rendimento escolar de cada um. Foi um trabalho árduo, mas interessante."

 

Agora a AMEC vai sofrer mudanças, em toda a sua funcionalidade... "Eu sou quadro da FMF e sempre estarei apto para realizar qualquer outra tarefa que me for confiada por esta instituição. Estou para servir o desporto em geral e o futebol e particular".

 

Lembrou que vai ficar na história da AMEC e da FMF que alguns nomes que hoje evoluem no futebol nacional e no estrangeiro, sendo que outros ainda passaram pelas selecções nacionais de diferentes escalões foram formados pela AMEC, casos de Mapandane (Ferroviário de Maputo), Imo Pilal (Ferroviário de Nampula), Raul (Amora FC, Portugal), Germino (Incomati), entre outros.

 

Matsinhe é Licenciado em Gestão do Desporto com habilitação em Gestão de Infraestruturas Desportivas pela Universidade Pedagógica de Maputo.

 

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